Padre Luiz Henrique fala sobre as férias dos seminaristas e a confraternização com clero

Momento de confraternização do clero com os seminaristas no dia 6 de janeiro, no Sítio São José em Secretário

Desde que o Sítio São José do Oriente, localizado em Secretário, no território da Paróquia São Pedro, Distrito de Pedro do Rio, em Petrópolis, foi instituído como local de férias, os seminaristas passam um período de descanso nesse ambiente. Durante este período, eles participam de várias atividades, sendo a principal delas a convivência e fraternidade, sem a austeridade do período de estudos no Seminário.

Padre Luiz Henrique Veridiano, reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, destaca a importância desse momento no Sítio como fundamental na formação sacerdotal. Ele lembra que a vida de um padre na paróquia é muito corrida e, por isso, ainda durante a formação, é necessário aprender a ter momentos para parar, cuidar de si, desfrutar de lazer, estudar e se encontrar com os irmãos no sacerdócio.

O reitor ressalta que Jesus, em sua caminhada, também tinha momentos de recolhimento, algumas vezes sozinho e outras com os apóstolos. Esses eram momentos de oração, mas também de confraternização. Padre Luiz Henrique chama a atenção para o dia de confraternização dos seminaristas com o clero, que este ano contou com a presença dos bispos Dom Gilson Andrade e Dom Paulo Machado, sacerdotes diocesanos e ex-reitores do seminário, que hoje vivem seu ministério como bispos.

Ele destacou ainda a presença do bispo diocesano, Dom Joel, em continuidade a uma tradição da Diocese desde o primeiro bispo. A proximidade dos bispos de Petrópolis com o Seminário e com os seminaristas tem sido algo preservado e revigorado desde seu fundador, Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, até os sucessores.

Em relação à presença do clero, Padre Luiz Henrique comentou: “O sacramento da ordem nos uniu, nos fez irmãos. E esses momentos de confraternização temos que aproveitar para viver isso”.

Pe. Luiz Henrique: “O sacramento da ordem nos uniu, nos fez irmãos, e esses momentos devem ser aproveitados para fortalecer essa união”

Entrevista com Padre Luiz Henrique

Assessoria de Comunicação: Padre Luiz Henrique, os seminaristas estão de férias no Sítio São José do Oriente. Qual é o objetivo desse período e como se organiza a programação?

Padre Luiz Henrique: O principal objetivo dessas férias é promover momentos de convivência e descanso coletivo. Essa é uma tradição em muitos seminários e, no nosso caso, fazemos questão de mantê-la. Além de ser um período para recarregar as energias, é também um espaço para oração, fraternidade e estudo.

Durante essas férias, temos uma programação que combina momentos de espiritualidade, como as orações diárias e celebrações, com atividades recreativas. Também realizamos missões nas comunidades próximas, aqui na Paróquia de São Pedro, em Pedro do Rio.

Ascom: E como funciona a dinâmica diária durante essas férias?

Padre Luiz Henrique: A rotina é organizada, mas simples. Acordamos às sete da manhã, rezamos às sete e meia, meditamos, e às oito já temos a Santa Missa. Depois da missa, temos um momento de silêncio dedicado à leitura espiritual e à oração pessoal.

Após isso, fazemos uma limpeza breve nas áreas comuns, o que dura cerca de vinte minutos. O restante do dia é destinado ao lazer, com atividades como piscina, pesca, futebol, passeios a cavalo ou a colheita de frutas. É um tempo de convivência leve, mas cheio de significado.

Dom Joel, Bispo de Petrópolis, Dom Paulo Machado, Bispo de Uberlândia e Dom Gilson Andrade, Bispo de Nova Iguaçu. Os dois últimos foram formados no Seminário Diocesano e quando sacerdotes, foram reitores

Ascom: Além dessas atividades, há um encontro especial com padres e bispos durante as férias. Qual é a importância desse momento?

Padre Luiz Henrique: Esse é um dia muito esperado e significativo. Todos os anos, temos um encontro com os sacerdotes e bispos da nossa diocese, como Dom Gilson Andrade e Dom Paulo Machado, que foram reitores do Seminário, e, claro, nosso bispo diocesano Dom Joel. Esses encontros mostram que caminhamos juntos enquanto presbitério, como uma verdadeira família unida pelo sacramento da ordem.

A presença dos bispos e do clero é, para nós — e falo enquanto reitor —, uma confirmação de que estamos caminhando juntos. Esse é o caminho que precisamos seguir.

Esses momentos são especiais porque o cotidiano de um bispo é muito corrido, com uma agenda cheia. A vida de um padre também é bastante ocupada. Então, quando podemos parar para estarmos juntos, vivemos como a família presbiteral que somos. O sacramento da ordem nos uniu, nos fez irmãos, e esses momentos devem ser aproveitados para fortalecer essa união.

É uma oportunidade de compartilhar experiências, conversarmos em um ambiente descontraído, prepararmos um churrasco, confessarmo-nos ou simplesmente convivermos. Esses encontros reforçam nossos laços e nos ajudam a cuidar uns dos outros como irmãos de caminhada.

Sem o rigor do momento de estudos no Seminário, no Sítio a convivência e o lazer, sem esquecer da espiritualidade, contribui para formação dos seminaristas

Ascom: Na sua visão, como esses momentos contribuem para a formação sacerdotal dos seminaristas?

Padre Luiz Henrique: A vida no seminário é intensa, com muitas disciplinas e uma rotina rigorosamente estruturada. Esse período de férias permite aos seminaristas uma pausa para que convivam de forma mais informal, joguem bola, videogames ou até jogos de tabuleiro — o que ajuda a criar um ambiente de fraternidade e troca de experiências.

Esses momentos de integração fortalecem a convivência fraterna, algo fundamental para a vida sacerdotal. Esse clima de unidade e apoio mútuo é um exemplo que eles levarão para a missão nas paróquias no futuro.

Ascom: O ano de 2025 também promete ser importante para o seminário. Quais serão as principais celebrações?

Padre Luiz Henrique: Sim, este é um ano especial para nós! O seminário completa 76 anos, e teremos diversas ordenações sacerdotais e diaconais ao longo do ano. Para nós, isso representa uma verdadeira graça.

Apresentamos ao bispo Dom Joel três candidatos ao diaconato — Frederico, Anderson e Yuri —, que deverão ser ordenados em maio. Além disso, em março e dezembro teremos duas cerimônias de ordenação sacerdotal. Essas celebrações são momentos de grande festa e alegria, uma verdadeira propaganda vocacional para toda a diocese.

Ascom: Essas ordenações coincidem com a comemoração do aniversário do seminário. Qual é a importância desse marco?

Padre Luiz Henrique: É algo simbólico e muito especial para todos nós. A ordenação sacerdotal, que deveria ter acontecido no ano passado, foi remarcada para março, coincidindo com o aniversário de 76 anos do seminário.

Essa é uma data marcante, pois celebra não apenas a caminhada de novos sacerdotes, mas a própria história do seminário, que tem uma relevância enorme na formação vocacional da nossa diocese.

Os seminaristas Yuri, Fred e Anderson, que serão ordenados diáconos em maio, ao lado de Dom Joel e do Padre Luiz Henrique

Ascom: Por fim, há algo mais que gostaria de deixar registrado?

Padre Luiz Henrique: As ordenações previstas para este ano, sem dúvida, são momentos de graça que não tocam apenas os seminaristas e sacerdotes, mas também inspiram nossas comunidades e jovens a reforçarem a cultura vocacional. Convido todos a orarem por esses momentos e por nossa Diocese, que celebra mais um ano de dedicação à formação de novos servidores da Igreja.

Em março, os diáconos Caio Cesar, Flávio Wender e Rodolfo Martins serão ordenados sacerdotes na Catedral São Pedro de Alcântara por Dom Joel – Foto Davi Correa

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